quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Vida Espiritual – O Segredo Espiritual de Madame Guyon

O Segredo Espiritual de Madame Guyon

  Na historia da Igreja poucas pessoas têm atingido o alto grau de espiritualidade alcançado por Mme Guyon. Em sua autobiografia ela não somente conta sua vida, como também revela o seu íntimo, as suas lutas interiores para obter a purificação de sua alma e a sua sensibilidade em relação à presença de Deus em sua vida. No mundo secular ela é conhecida como uma francesa mística e escritora, uma figura central nos debates teológicos do séc. XVII na França pela sua defesa pública do “Quietismo” (a crença de que se deve aceitar calmamente o que acontece e que não se deve tentar mudar as coisas). 
Nascida em uma época corrupta, em uma nação marcada por sua degeneração, criada em uma igreja devassa assim como o mundo em que estava inserida, perseguida em cada passo do seu caminhar, tateando como fez em ignorância e desolação espiritual, ela subiu, todavia, ao pináculo mais alto de preeminência em espiritualidade e devoção cristã. Tendo vivido e morrido na Igreja Católica, ainda assim foi atormentada e afligida, maltratada e abusada, e foi aprisionada por anos pelas mais altas autoridades da Igreja. O seu único crime foi o de amar a Deus. A sua culpa foi a sua suprema devoção e afeição a Cristo. Quando pediram seu dinheiro e propriedade, alegremente os entregou.  
Mme Guyon, cujo nome completo de solteira era Jeanne Marie Bouvier de La Motte, nasceu em 13 de abril de 1648 em Montargis, França. Seus pais, particularmente seu pai, eram extremamente piedosos, mas para seu pai isto era um comportamento e conduta hereditários. Muitos de seus ancestrais eram santos.  
Foi um bebê prematuro de oito meses devido a um choque que sua mãe sofreu. Com isto teve de lutar muito para sobreviver, o que deixou seus pais muito apreensivos, pois eles temiam que ela não chegasse a ser batizada, o que não aconteceu. Ela continuou muito doente até à idade de dois anos e meio, quando então foi enviada por seus pais para o Convento das Ursulinas, onde permaneceu por poucos meses. Sua mãe não lhe dava nenhuma atenção, não gostava muito de filhas e com isso a entregou inteiramente aos cuidados das servas. Em sua autobiografia, Mme Guyon diz que se não fosse pela constante vigilância de seu Protetor (Deus), a quem sempre se referia como a ¡¥Providência¡¦, teria tido severos sofrimentos em todos os sentidos. O Senhor a protegeu e a guardou de muitas coisas.  
Aos quatro anos, por permissão concedida por seu pai, foi viver no Convento das Beneditinas, levada pela Duquesa de Montbason, a qual gostou muito da menina devido à sua maneira alegre, doce e esportiva de ser. Como toda criança, ela fazia muitas artes, mas já era desde esta tenra idade atraída pelas coisas de Deus. Gostava de ouvir falar Dele, de estar na Igreja e de ser vestida com vestes religiosas. Já nesta época lhe foi dito sobre os terrores do inferno, o que acreditava que houvesse sido com a intenção de intimidá-la, devido ao fato de ser extremamente cheia de vivacidade e presença de espírito. Todavia esta impressão deixada nela foi tão forte que, em sua autobiografia, ela disse que o tempo nunca foi capaz de amenizar estas idéias temerosas da sua mente.  
Depois deste período voltou para casa, e novamente foi negligenciada por sua mãe e entregue aos cuidados dos empregados.  
Aos sete anos voltou para o Convento das Ursulinas, onde encontrou duas meia-irmãs. Sua irmã por parte de pai foi de muita ajuda para sua vida espiritual. Ela veio a ser quem proveu os primeiros meios de salvação na vida de Mme Guyon. Era muito gentil e amava muito a menina, sabendo despertar nela as boas qualidades que ela tinha e instruí-la na piedade. 
Por solicitação de seu pai, ela sempre o visitava em casa e em uma destas visitas encontrou a rainha da Inglaterra, a qual ficou tão impressionada com suas atitudes e respostas que pediu a seu pai consentimento para levá-la para a corte, sob seus cuidados, para ser dama de companhia da princesa. Seu pai não permitiu, o que ela atribuiu à providência de Deus para que não fosse influenciada pelas tentações e divertimentos da corte. Assim continuou ainda um tempo com as Ursulinas, tempo em que por não poder permanecer continuamente com sua irmã, adquiriu muitos maus hábitos como mentira, impertinência e falta de devoção, passando às vezes dias inteiros sem pensar em Deus. Mas ela conta que apesar disto, Deus sempre a observava e vigiava, providenciando para que voltasse aos cuidados de sua irmã, deixando assim os péssimos hábitos. Deus sempre lhe mostrou Sua graça, mesmo nas suas infidelidades.  
Tinha tremendo prazer em ouvir falar de Deus, não se cansava da Igreja, gostava de orar, tinha afeto pelos pobres e tinha um desgosto natural pelas doutrinas que eram julgadas infundadas. É impressionante como Mme Guyon, ainda uma criança de sete anos, tinha certas atitudes de auto-sacrifício. É bom salientar aqui que mesmo muitas vezes sendo castigada, tanto em sua infância como também depois em sua fase já adulta, ela declarou em seu livro que não se lembrava de temer qualquer castigo mais do que temia causar dor Àquele a quem amava, a ponto de declarar que mesmo que não existisse “céu ou inferno” ela sempre iria reter o mesmo temor de desagradar a Deus.  
Aos dez anos foi transferida do Convento das Ursulinas para outro da ordem de St. Dominie. Aliás, apesar da Madre gostar muito dela, não tinha muito tempo para a menina e ela com isto não teve quase nenhum cuidado, caiu muito doente e passava muito tempo sozinha. Achando uma Bíblia, passava dias e dias lendo-a de manhã até à noite, sendo esta a sua distração.  
Após oito meses retornou para casa, onde conseguiu obter um cuidado um pouco melhor de sua mãe. Mesmo assim, era maltratada e sofria muitas injúrias por parte de seu irmão, o qual estava sempre certo e com razão. Sua mãe, e por conseqüência também os criados, fazia uma distinção muito grande entre ela e seu irmão, o qual também aprendeu com isto a desprezá-la. Esta animosidade dele para com ela nunca se desfez e isto trouxe muitos problemas mais tarde no relacionamento entre ambos. Ela sofreu neste tempo muitas doenças, perseguições e incompreensões dentro da própria casa, vindas muitas vezes de sua própria mãe. Este comportamento da família em relação a ela foi a causa de muitas de suas atitudes erradas, pois não tinha estímulo nenhum de fazer o certo. Ela nunca tinha razão de coisa alguma. Mas apesar destas faltas, era muito amável e caridosa com os pobres, orava a Deus assiduamente, amava ouvir falar sobre Ele e ler bons livros. Apesar de todas as suas faltas o Senhor sempre a cercou e a conquistou.  
Aos onze anos recebeu sua Primeira Comunhão no meio das Ursulinas. Nesta ocasião se dispôs a entregar-se a Deus com vontade. Ela sempre possuía esta luta em seu interior entre as suas boas inclinações e seus hábitos ruins. Por causa disto sempre fazia penitências. O tipo de educação que teve, contribuiu muitas vezes para afastá-la das coisas de Deus, pois por sua própria natureza, era muito atraída ao bem e a Deus.  
Como cresceu e se tornou uma jovem muito bonita, sua mãe a aceitou melhor, tendo um certo orgulho desta beleza que Deus tinha presenteado a sua filha (para louvor Dele). Entretanto, esta beleza trouxe a Mme Guyon uma espécie de orgulho e vaidade. Tinha apenas doze anos e já recebia muitas propostas de casamento, as quais seu pai recusava. Mme Guyon começou a despertar-se tremendamente para sua salvação, o que a levou a procurar seu confessor, preocupada com isto. Tinha lutas constantes: ora cheia de ardor pelo Senhor, ora tão longe Dele. Mas ela declarou que “o Deus de amor sempre batia à porta do seu coração¨.  
Nessa época ela seguia os exercícios religiosos, lia e orava o dia todo, dava tudo o que tinha aos pobres, ensinava-lhes o catecismo e os servia com alimentos. Lia também muitas obras de escritores religiosos, entre eles os escritos de Mme Chantal, a qual a influenciou de tal maneira que Mme Guyon procurava imitá-la em tudo. Nesta mesma época ela expressou um grande desejo de se tornar uma freira, contra a vontade de seu pai, por isto este desejo nunca se concretizou. Também outra coisa que influenciou muito sua vida, foi o fato de sua mãe ser muito caridosa, nunca deixando o necessitado sem ajuda. Ela disse que Deus a favoreceu com a benção de ser a sucessora da sua mãe neste hábito santo.  
Mme Guyon tinha altos e baixos. Apesar de manter as aparências, interiormente começou a se afastar de Deus e dar lugar à vaidade. Vaidade esta tanto em relação à sua aparência como também à sua reputação. A alta estima que tinha por si mesma a fazia achar erros em todas as outras pessoas. Nesta fase começou a ler outros livros ao invés de literatura santa, gastando horas em alimentar sua vaidade própria. Mas como dizia, “Deus sempre batia à porta do seu coração”, o que muitas vezes a levava às lágrimas. Ela conta em sua autobiografia que esta triste experiência lhe deu muita compaixão pelos pecadores, ensinando-a a razão de tão poucos emergirem deste estado miserável no qual são tão suscetíveis de entrarem. Ela declarou que na luta que as pessoas têm contra a apatia espiritual, da qual é difícil sair, o único remédio é a oração. Sobre isto afirmou: “o diabo se opõe tremendamente tentando convencer as pessoas de que primeiro elas precisam ser perfeitamente convertidas¨. 
Aliás, ela faz uma ressalva aqui! O diabo usa todas as suas forças contra a oração e contra aqueles que a praticam, porque ele sabe que este é o verdadeiro meio de tomar uma presa das mãos dele. Ele não se importa muito com os serviços que fazemos e nem com a nossa inteireza de caráter na qual procuramos andar, mas tão logo entramos na vida espiritual, uma vida de oração, temos que estar preparados para todo tipo de cruz que virá. Todo tipo de desprezo e perseguição que neste mundo está reservado para esta vida.  
É interessante mencionar aqui que, como se sabe, Mme Guyon viveu em uma fase de transição da Igreja, quando havia ainda muita mistura e a verdade não havia sido totalmente restaurada. Com isto ela recorria ao seu confessor em busca de ajuda para a sua luta interior de altos e baixos, confessava regularmente, não falhava em recitar suas orações todos os dias, tomar parte na comunhão quinzenalmente e orar à “Abençoada Virgem” para obter a sua conversão. Quando seus pais iam a alguma romaria, não conseguia dormir de tão excitada com o evento. Seu pai em tais épocas sempre conversava sobre assuntos divinos aos quais ela preferia ao invés de qualquer outro. Amava aos pobres e era muito caridosa. 
Ao falar sobre os sentimentos de luta interior que tinha nesta época, declarou em seu livro: “Quão estranho isto pode parecer às pessoas, quão difícil de reconciliar coisas tão opostas.”  
Aos quinze anos Mme Guyon se casou com Jacques Guyon, Lord du Chesnoy, em um casamento arranjado por seu pai. Deste casamento teve cinco filhos. A princípio ela ficou satisfeita, pois via neste casamento uma oportunidade de livrar-se dos maus tratos de sua mãe. Mas Deus tinha um propósito totalmente oposto. A condição na qual se encontrou mais tarde frustrou suas esperanças. 
Mesmo antes deste casamento se realizar, apesar de feliz a princípio, ela entrou em tremenda luta e confusão interior. Lembrou-se de seu desejo anterior de se tornar uma freira e isto lhe trouxe muita insegurança. Ela conta que enquanto estavam todos se alegrando, somente ela estava deprimida e triste.  
Com seu casamento, viu-se obrigada a mudar sua conduta, perder toda sua maneira nobre e elegante de viver, seus tratos finos, enfim, tudo o que havia adquirido com tanta dedicação em sua educação. O modo de vida da família de seu marido era muito diferente do da casa de seu pai. Ela havia sido ensinada e incentivada a expor suas idéias com firmeza, sendo aplaudida por isto. Agora tudo o que dizia era tido como uma afronta a eles e sempre ocasionava mal entendido, levando-os a distratarem-na. Sua sogra sempre censurava a família dela. Eles a forçavam a ficar em silêncio de uma forma bruta e vergonhosa e brigavam com ela de manhã até à noite. 
Sua sogra tanto se opunha a ela que lhe dava as tarefas mais humilhantes para fazer. Toda a ocupação de sua sogra era de frustrá-la e inspirar os mesmos sentimentos em seu filho, o qual dava muito crédito a tudo que sua mãe dizia a respeito dela, embora muitas vezes tomasse sua defesa. A diferença de idade entre ela e seu marido também agravava a situação, pois isto lhe dava uma certa distância (ele era vinte e dois anos mais velho). Apesar disto, ela afirmou que seu marido a amava; não fosse por sua sogra e sua serva, poderia ter sido muito feliz com ele. Sua sogra a difamava entre as pessoas dizendo que ela tinha um espírito mau, fazendo com que cada vez mais ela se fechasse dentro de si mesma. Para aumentar ainda mais suas cruzes, sua própria mãe falava mal dela com sua sogra. 
Faziam com que as pessoas de classe inferior fossem colocadas acima dela. Sua condição no casamento era mais a de uma escrava do que a de uma pessoa livre. Deram a ela uma serva que além de destratá-la o tempo todo de formas absurdas (com berros e maus tratos), a vigiava constantemente como uma governanta, não somente ela, mas também todos os outros empregados. 
Tal era seu sofrimento que estava quase pronta a morrer com as agonias de sua dor e contínuo tormento e afronta. Ela disse que comia o pão de dores e misturava as suas lágrimas com a sua bebida.  
Mme Guyon se referiu em seu livro a esta nova fase de sua vida da seguinte maneira: “Eu lhe peço para não interpretar as coisas aos olhos da criatura, o que faria com que essas pessoas pareçam piores do que eram. Minha sogra era virtuosa, meu marido era religioso e não tinha nenhum vício. Devemos olhar todas as coisas aos olhos de Deus. Ele permitiu tudo somente para a minha salvação e porque Ele não queria que eu me perdesse. Além disso, tinha tanto orgulho, que tivesse eu recebido qualquer outra forma de tratamento, teria continuado da mesma maneira, sem talvez me voltar para Deus da forma como fui induzida a fazê-lo, pela opressão de uma multidão de cruzes¨.  
Foi nessa condição tão deplorável que começou a perceber a necessidade da assistência de Deus. Essas cruzes a atraíram a Ele. Orava ao Senhor para ajudá-la e Ele era o seu refúgio. Ela declarou em seu livro: “A conduta deles em relação a mim, a qual parece tão sem sentido, não deve ser encarada com olhos terrenos. Devemos olhar mais alto e então veremos que isso foi direcionado pela Providência para minha vantagem e galardão eterno¨. 
Tudo isto, como ela mesma afirmou, a fez morrer para sua vã e soberba natureza. Ela começou a achar em Deus razões para o sofrimento, o qual lhe era bem necessário.  
Foi perto de seus dezoito anos, próximo dos dias de ganhar seu segundo filho que Mme Guyon experimentou sua verdadeira conversão, com a ajuda de um religioso da ordem de São Francisco, com poucas palavras tais como: “Procure Deus no seu coração e você o encontrará ali”. Estas palavras foram como um dardo que penetrou até o fundo do seu coração, trazendo-lhe aquilo que ela havia estado procurando por tantos anos. Ainda mais, elas lhe revelaram o que estava ali, o que ela ainda não havia desfrutado por não saber. 
Diante disto, exclamou: “Ó Senhor, Tu estavas em meu coração, e somente esperavas por um simples voltar-me para dentro de mim mesma para perceber a Tua presença. Ó Infinita Bondade! Quanto que eu corria de lá prá cá procurando a Ti; minha vida era um fardo para mim, apesar da minha felicidade estar dentro de mim mesma. Eu era pobre no meio de riquezas, e pronta a perecer de fome junto a uma mesa fartamente posta numa festa contínua. Ó Formoso, antigo e novo, por que fui Te conhecer tão tarde? Ai de mim! Eu Te procurava aonde não estavas, e não aonde Tu estavas. Eu estava à procura de entendimento destas palavras do Teu evangelho: “…Não vem o reino de Deus com visível aparência… o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17:20,21). Isso agora eu experimentei, pois Tu Te tornaste o meu Rei, e o meu coração o Teu reino, no qual Tu Te tornaste supremo e realizaste toda a Tua vontade sagrada. 
Eu não tenho agora qualquer outra visão, senão a de Jesus Cristo somente. Quão tremenda é a revelação de Jesus Cristo à alma quando a Palavra Eterna é comunicada. Isso nos torna novas criaturas, criadas de novo Nele¨.  
Depois desta experiência ela começou a buscar mais ainda os interesses de Deus do que os dela, a esperar grandes sofrimentos e a desejar uma mortificação a tudo do eu. O amor de Deus ocupava o seu coração tão constante e fortemente que não podia pensar em mais nada. Na realidade, ela não julgava nada digno de seus pensamentos que não fosse Deus. Esta sua imersão em Deus absorveu todas as coisas. Apesar de amar ternamente certos santos como São Pedro, São Paulo, Santa Maria Madalena, Santa Teresa, ainda assim não podia pensar mais neles, nem invocá-los, senão a Deus. Seu único prazer agora era arranjar momentos para ficar completamente sozinha com o Senhor. Todos os outros prazeres lhe eram dolorosos. Em sua feliz experiência, sabia que a alma tinha sido criada para desfrutar do seu Deus.  
Suas palavras: “Quando a vontade da criatura se submete a Deus inteiramente, entregando tudo à vontade divina, deixando-se ser totalmente aniquilada, através da operação de amor (cruzes), essa vontade é absorvida pela de Deus e o ser é purificado do eu. Quanto mais Deus aumenta o meu amor e minha paciência, menos temor e respeito tenho pelas cruzes mais opressoras, mas o amor as torna fáceis de suportar¨.  
Ela ainda deixou escritas estas palavras para definir o que estava se passando em seu coração: “Eu esperava continuamente Nele e Ele me vigiava incessantemente, e de tal forma me conduzia pela Sua Providência que esquecia todas as outras coisas. Eu não sabia como comunicar o que sentia para ninguém. Estava tão imersa em mim mesma que raramente conseguia fazer um auto-exame. Quando tentava, tudo na minha mente se confundia. Eu me encontrava ocupada com o meu Único Objeto. Estava absorvida numa paz inexprimível, via com os olhos da fé que era Deus que me possuía totalmente dessa forma. Mas não era de se supor que o amor divino permitisse que as minhas faltas ficassem sem punição. Com que rigor o Senhor pune os Seus fiéis e amados filhos. Nessas horas não devemos buscar aliviar nossas dores tentando achar consolo em outras pessoas, abrindo o nosso coração. Deveríamos antes suportar as provações passivamente enquanto duram, para que a obra que o Senhor quer realizar em nós seja completada e assim avancemos mais no nosso processo espiritual. Isso é difícil e requer grande firmeza e coragem. Muitos não avançaram mais no seu caminhar por causa da impaciência e por procurarem meios de consolação¨.  
Quando enxergou tudo isto, começou a suportar silenciosamente os agravos de seu marido e de sua sogra. Isto passou a não ser tão difícil para ela devido à grandeza de sua ocupação interior, o que a mantinha insensível a todo o resto. Com esta atitude, sua situação em casa piorou ainda mais. Todos em sua casa desfaziam dela, desde o marido até a criada. Suportava tudo em profundo silêncio, estando recolhida no Senhor. Desta forma passou a viver, e o mundo, vendo que ela o tinha deixado, passou a perseguí-la, fazendo-a passar por ridícula e objeto de muitas fábulas. Ele não podia aceitar que uma mulher ainda tão nova, com quase vinte anos agora, pudesse desprezá-lo e ser vitoriosa sobre ele. Ela tinha bem pouca comunhão com este mundo e parecia experimentar literalmente as palavras de Paulo: “…já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”. Ela não foi compreendida apenas no mundo secular, mas também passou a ser incompreendida no mundo religioso. Aqueles que estavam aquém desta nova experiência que ela vivia, ou por inveja ou por ignorância, também passaram a perseguí-la.  
Mme Guyon começou a experimentar um estado de oração contínua, uma vida de oração silenciosa. Ela declarou: “A oração para mim era recompensada com a cruz, e a cruz com a oração. Dons inseparáveis e unidos em meu coração e vida”. O clérigo de Paris da época declarou que nunca tinha visto uma mulher a quem Deus mantinha tão perto Dele e em tão grande pureza de consciência. Ela declarou que o que a mantinha assim era o cuidado contínuo de Deus sobre si, fazendo-a sentir a sua presença como Ele prometeu no Evangelho. 
“Se alguém me ama, guardará a minha Palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”. (João 14:23) 
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”. (Salmo 127:1) 
Ela disse: “Deixem outros atribuírem a vitória à própria fidelidade deles. Quanto a mim, nunca a atribuirei a coisa alguma que não seja o Teu cuidado paternal”.  
É interessante notar que mesmo tendo atingido esta compreensão espiritual, ainda tinha tempos de lutas interiores com sua vaidade, que segundo ela mesma mencionou, foi algo muito difícil de deixar, pois emergia quando ocasiões eram proporcionadas, embora ela rapidamente retornasse para Deus. 
Ela declarou: “Ó Senhor, não és todo suficientemente forte para erradicar esta duplicidade injusta do meu coração? Pois se alguém ler esta vida com atenção, verá da parte de Deus somente bondade, misericórdia e amor; e da minha parte, fraqueza, pecado e infidelidade”. 
Fosse o que fosse que tivesse de suportar, suportava em silêncio, sem se justificar, entregando tudo Àquele que é amor. O seu coração tinha uma linguagem que era feita sem o som de palavras, entendida por Deus, visto que só Ele é capaz de entender a linguagem da Palavra, a qual incessantemente fala bem dentro da alma.  
Outro golpe na vida de Mme Guyon foi a perda de seu pai e sua filha ao mesmo tempo, logo após ela se restabelecer de varíola. Ambos morreram em 1672 quando Mme Guyon estava então com vinte e quatro anos. 
Ela teve mais dois filhos depois disto (um filho e uma filha, à qual deu à luz pouco antes de seu marido falecer).  
Com a morte de seu marido, em julho de 1676, Mme Guyon entrou em seu quarto e em frente à imagem de Cristo, renovou seu contrato de casamento com seu esposo divino, fazendo um voto de castidade e fidelidade eternas.  
Sendo agora uma viúva, suas dores aumentaram ainda mais. Sua sogra e criada mostraram um desprezo ainda mais intenso por ela. Passado algum tempo, ela se separou amigavelmente de sua sogra, passando a viver sozinha com seus filhos. O curioso é que com o tempo Deus mudou a situação, e ela passou a ter um bom relacionamento com sua sogra. Também aos poucos foi sendo mal entendida pelos religiosos da igreja e perseguida.  
Foi então que conheceu o Padre Lacombe, mais ou menos na mesma ocasião em que um forte impulso no seu interior a impelia para ir a Genebra, ao que ela teve uma certa relutância, indagando-se se seria correto: “Deverei chegar a tal excesso de impiedade a ponto de abandonar a fé através da apostasia? Estarei a ponto de largar essa Igreja, pela qual daria mil vidas? Ou, cairia da fé à qual eu selaria até mesmo com o meu sangue?”  
Contudo recebeu muitas confirmações para ir a Genebra, através de cartas, sonhos, e até mesmo do Padre Lacombe, com quem a partir de então passou a ter fortes laços espirituais. Eles tinham um entendimento espiritual mútuo e compartilhavam de uma influência e compreensão espirituais recíprocas.  
Com muita relutância se separou de seus filhos, levando consigo somente sua filha mais nova. Entendeu firmemente que esta era a vontade de Deus, e se dispôs a deixar todas as coisas em submissão a seu Senhor, já que era isto que Ele estava requerendo dela, e entregou tudo à Providência. Ela disse: “Os laços com os quais o Senhor me mantém unida a Ele, são infinitamente mais fortes do que aqueles da carne e do sangue”.  
Ela nunca duvidou desta ter sido a vontade de Deus; mesmo quando a criticavam, permanecia firme. Renunciou à família, posição, seus bens, passando a viver sem muito sustento, tendo por grande gozo poder padecer tudo por Aquele que ” Si mesmo se entregou por nós”.  
Para resumir, ela começou a viajar com a ajuda do Padre Lacombe, que a conduziu através de muitos ciclos de desenvolvimento espiritual pessoal, para Genebra, Turim e Grenoble.  
A natureza dos seus ensinamentos, considerada herética pela Igreja Católica, porque tendia a excluir o mundo exterior e os mecanismos da Igreja, levantaram suspeitas e resistência de bispos locais, sendo com isso sempre obrigada a mudar dos lugares e até muitas vezes a se esconder. Mas sempre encontrava aqueles que estavam em busca dessa comunhão com Deus, aos quais não negligenciava em ajudar. Como ela mesma declarou em seu livro, passou a ser mãe de muitos filhos. Nesta época ela teve revelações de que as suas cruzes aumentariam e de que ainda iria padecer muito por Cristo, o que recebeu com grande alegria e paz interior.  
Foi neste período que publicou a mais importante de suas obras, cujo título é “O Resumido e Fácil Método de Oração”.  
Em 1687, Lacombe foi preso, onde morreu, e Mme Guyon foi aprisionada em 1688. Mas não ficou presa muito tempo. Foi solta poucos meses depois sob a intervenção de Mme de Maintenon, a segunda esposa de Luis XIV, que além de admirá-la muito, introduziu-a no círculo real, onde Mme Guyon pôde influenciar espiritualmente muitas pessoas.  
Foi quando conheceu seu maior discípulo, Frei Fénelon, o qual encontrou nos seus ensinamentos as respostas para seus dilemas espirituais. Os escritos de Fénelon, então influenciados pelo ¡¥¡¥Quietismo¡¦¡¦, geraram um grande alarme no meio religioso e político, o que acabou ocasionando uma Conferência em Issy em 1695, na qual Fénelon defendia os ensinamentos de Mme Guyon.  
Estes ensinamentos foram condenados pela Igreja Católica e Mme Guyon acabou sendo presa, ficando ali até 1703, quando então foi solta. Um de seus grandes perseguidores foi o Padre de La Motte, seu próprio irmão. Ela passou a viver então em Blois, onde escreveu muitos dos seus ensinamentos e experiências.  
Morreu em 9 de junho de 1717, aos setenta anos.    
Afirmações que ela fez:  
“Nosso Senhor tem dado a esta minha alma as qualidades da pedra: firmeza, resignação, insensibilidade e poder para suportar as duras lutas e provações sob as operações de Suas mãos”.  
“Eu vi que o amor de Deus na minha alma era perfeito, sendo sem nenhuma reserva, divisão ou qualquer interesse. Pobreza perfeita, pela privação total de tudo que era meu, tanto interiormente como exteriormente. Obediência perfeita à vontade de Deus, submissão à Igreja e honra a Jesus Cristo por amar somente a Ele. Quando pela perda de nós mesmos, nos entregamos ao Senhor, nossa vontade se torna a mesma e única com a do Senhor, conforme a oração de Cristo: ‘a fim de que todos sejam um, e como és Tu, O¡¦ Pai, em mim e eu em Ti, também sejam eles em nós’. (João 17:21)  
“Quanto a mim, eu posso dizer que tenho uma dependência de Deus contínua, em qualquer situação; minha alma está sempre pronta a obedecer todo movimento do Seu Espírito. Penso que não há nada no mundo que o Senhor possa requerer de mim, que eu não entregue prontamente e com prazer a Ele. Não tenho qualquer forma de interesse por mim mesma. Quando Deus requer qualquer coisa desta pobre alma, que está reduzida a nada, não encontro nenhuma resistência em mim em fazer a Sua vontade, por mais dura ou rigorosa que possa ser. Se existe um coração neste mundo, do qual Ele é o Mestre único e absoluto, o meu parece ser um deles. A Sua vontade, embora rigorosa é a minha vida e prazer”.  
“Perder tudo por Ele é o meu maior ganho; e ganhar tudo sem Ele seria a minha maior e pior perda”.  
“Enquanto eu era prisioneira em Vincennes, e o Senhor De La Reine me interrogava, eu passava o meu tempo em grande paz, contente de passar o resto da minha vida lá, se tal fosse a vontade de Deus. Eu entoava cânticos de alegria, os quais a criada que me servia aprendia a cantar, tão rápido eu os compunha. Juntas cantávamos Seus louvores, O¡¦ meu Deus! As pedras da minha prisão pareciam aos meus olhos como rubis; eu as estimava mais do que o brilho sedutor de um mundo vão. Meu coração estava cheio daquele gozo, o qual Ele concede àqueles que O amam, no meio de suas grandes e pesadas cruzes”.  

BIBLIOGRAFIA  

Madame Guyon – An Autobiography, Moody Press – Chicago. (1988). 

Comunhão


Comunhão


Comunhão – koinonia
Base para essa comunhão: Atos dos apóstolos capitulo 2
Esta era a atividade principal dos cristãos do novo testamento durante os primeiros dias da igreja primitiva. Ou seja, viviam em comunhão uns com os outros. Porque Deus estava entre eles; neles e por eles.
Esse compartilhar aqui nesse espaço penso eu, foi estritamente nos dado através de nossa comunhão e oração com Deus em Cristo. Por ter vivido essa comunhão e prática abençoada por muitos anos; comunhão em vida cristã com os santos amados de nossa cidade, entremesclados verdadeiramente uns com os outros e com a pessoa rica e maravilhosa do Nosso Amado Jesus Cristo. Aqui lembramos com muito amor aqueles divinos momentos de experiência cristã. E, Suplicando a Deus O Pai que, nos restaure, purificando-nos, a fim que não seja somente uma saudosa experiência que partilhamos aqui; e sim um novo começo.
Vivemos e sentimos o verdadeiro sentido dessa rica palavra Comunhão (koinonia-grego) Vimos que essa palavra no original grego do Novo testamento traz-nos um significado extremamente especial e intimo.
A Comunhão expressa doçura, singeleza e interação na vida da igreja; e era tudo isso que a igreja primitiva experimentava naqueles tempos; dias maravilhosos. após a ascensão de Cristo e o derramamento do Espírito Santo sobre os apóstolos e irmãos que esperavam ardentemente essa consagração. Bendito é o Senhor!
Observando atentamente o Livro dos Atos dos Apóstolos e o viver diário dos cristãos primitivos; a palavra comunhão na vida da comunidade fala também da comunicação entres os santos dos primeiros dias da igreja; mostrando-nos o verdadeiro elo da cooperação, do auxilio mutuo e da participação de todos os cristãos na vida de Deus. E a vida Divina era distribuída a todos como um quinhão gratuito. Todos os que aceitavam o ensinamento dos apóstolos e conseqüentemente recebiam a vida de Jesus Cristo, tendo-O agora como seu Senhor, redentor e salvador, poderiam sem limites participarem dessa rica vida tão abençoada.
A vida da igreja daqueles dias deve ser hoje para nós, não somente exemplo ou modelo; mas sim um repensar e conversão total da nossa maneira vazia, religiosa e formal à simplicidade e a realidade das palavras do Nosso Senhor Jesus Cristo que nos encoraja a mantermos a Unidade do Espírito, e que, também, sejamos Um como O Filho e O Pai o são. Vivemos fazendo religião. No entretanto deveríamos viver Cristo e sua comunhão maravilhosa com os irmãos, abençoando e sendo abençoados.
A igreja de nossos dias atuais enfrenta uma apostasia tal que, os mega-shows musicais e pregações vazias, focando a prosperidade, a barganha, o evangelho maquiado e enfeitado com suas mais diversas variações circenses; chega a nos constranger como nos afastamos tão sutilmente do viver simples da igreja do primeiro século, substituindo-a por atrações e divididos em pequenos reinos, interpretando e estabelecendo nossa própria versão das escrituras, edificando nossa conviniencia e justificando o nosso proceder faccioso.
A vida da igreja pura e santa que tanto apreciamos no livro de Atos, tornou-se tão simplista segundo alguns teólogos e pregadores, que muitos se quer tomam o cuidado especial de examinar tão precioso livro. Para muitos, a vida da igreja do primeiro século é utopia, e muitos nem acreditam que os apóstolos de Jesus viveram aqueles dias realmente como ali está escrito. Na verdade irmãos, nada mudou no tocante a Deus; mudou sim o coração do homem que permitiu que o inimigo de Deus semeasse tantas divisões em nosso meio. Mas quando voltamos a Palavra de Deus e humilhados debaixo da mão poderosa de Deus, vemos claramente que é totalmente possivel sim, ter essa vida e pratica em nosso meio.
Comunhão, não é somente uma palavra bonita, que desperta sentimentos momentâneos e abraços no final das reuniões. Essa palavra ou pratica de comunhão não deveria soar algo “espiritual” ao pronunciarmos. Essa prática de comunhão no Espírto Santo, não é apenas uma palavra bonita, mas a essencia da ligação verdadeira entre os filhos de Deus com o próprio Deus. Os santos da igreja primitiva viviam tanto a palavra, e praticavam também incessantemente essa unidade, que cada um deles, por amar a Deus sem medida, ja não mais consideravam suas as coisas que possuiam. Quando voce ama seu irmão verdadeiramente, não mais é importante o que voce pensa, tao pouco as coisas que voce tem. Voce entrega todo o seu ser como um sacrificio vivo a Deus, e consequentemente esse amor com Deus se transforma em comunhão abundante com os demais membros do Corpo de Cristo.
Comunhão é vida. Comunhão é a própria benção da união, ou seja, é o próprio Cristo sendo dado a nós como suprimento no nosso relacionamento com os irmãos. Em I João 1:3, o apóstolo João diz que, a comunhão dele(joão) é com os irmãos e com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo. Aqui é nos revelado que não se  pra separar a comunhão dos filhos de Deus do próprio Deus. A comunhão é instrisica a vida de Deus, fluindo entre os irmãos e Deus, e entre Deus e os seus filhos. Impossivel ter comunhão com Deus e se omitir da comunhão com seus filhos. Há fluir nos dois sentidos; isso é maravilhoso. E essa comunhão pura é o que Deus almeja com os seus filhos atualmente. Despojemo-nos dos conceitos religiosos, preconceitos egoistas, dominio emocional sobre os irmãos; manipulação psicológica e aconselhamentos vão. Entreguemo-nos sinceramente e quabrantados pelo Poder Supremo do Espirito de Jesus Cristo a comunhão abençoada com os santos e, desfrutemos de Cristo verdadeiramente nessa união. Sem contudo, nos importar de onde esses amados irmãos procedem; se desse ou daquele grupo. Lembrando a Palavra do apóstolo que admoesta exortando-nos a mantermo-nos unidos, pois O Corpo de Cristo é Um e não está dividido por causa de nossas diferenças ideológicas ou interpretações infundadas.
Em Efésios capitulo 4:3, Paulo como que suplicando aos santos; pois, nessa epistola temos a impressão que o apóstolo a escreve em oração diante do Pai Celestial que, nos esforcemos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vículo da paz. Que maravilha é isso! A Unidade do Espírito já nos foi concedida por Deus em Seu Amado Filho quando planejou e executou completamente Sua Obra de Redenção dentro do seu eterno propósito, resta-nos pois, preserva-la, e para isso devemos todos nos esforçar, orar, amar e viver por essa bendita comunhão.
Que Deus Nosso Pai, restaure, purifique e edifique nossas vidas. E que O Corpo de Cristo seja expressado e representado de uma maneira digna em nossa unidade.
Não podemos fechar os olhos, e dizer que tudo está bem. Não devemos nos conformar (tomar a forma) com tão grande divisão no meio cristão. Envergonhando até mesmo a oração de Jesus Cristo tão maravilhosamente expressa em João capitulo 17.
Deus maravilhoso, ainda retém um remanescente em nossos dias, esses que não dobram os olhos a baal da religião e da apostasia.
Palavra adicional:
A verdadeira pratica da vida da igreja, vivida pelos discípulos e apóstolos do Senhor Jesus é uma verdadeira reação contra o sistema religioso de nossos dias, é a expressão da Verdade de Deus, a realidade do Reino dos céus. A religião caída e todo o sistema denominacional tentou por séculos abafar essa simplicidade da comunhão dos filhos de Deus; usurpando e deturpando o sacerdócio universal dos filhos de Deus. Porém, Deus em Sua Graça e Sabedoria reservou para si um povo; e este povo tem saido do cativeiro babilonico representado pelo sistema religiosos incluindo as divisões denominacionais. Deus está restaurando essa maravilhosa Verdade entre esse povo. A Igreja gloriosa, a noiva de Cristo está se ataviando de todas as riquezas de Cristo, e isso significa que Deus está trazendo seu povo de volta; e esse povo que constitui O Corpo de Cristo vive essa comunhão verdadeira da igreja na comunhão mais preciosa e gloriosa de Deus e seus filhos regenerados e abençoados. Quem é de Deus ouve a Palavra de Deus, porque nada podemos contra a verdade, senão a favor da própria verdade.